No início do séc. XX, um jovem industrial implanta um pequeno conjunto de fábricas numa zona rural e piscatória da margem Sul do Tejo, próxima de Lisboa. Bem informado, audacioso, Alfredo da Silva vai multiplicando as áreas de atividade do seu crescente complexo fabril, aposta na qualidade e na inovação e, já depois da sua morte, em meados dos anos 60, a CUF é o maior complexo industrial da Península Ibérica e um dos maiores da Europa. No início dos anos 70, a teia do grupo CUF estende-se a cerca de 180 empresas por todo o país e integra 50 000 trabalhadores. Em 1974, a CUF do Barreiro tem a maior concentração operária do território nacional: durante décadas, fora o destino procurado por sucessivas gerações de camponeses, muitos deles analfabetos, que ali encontravam condições de vida para si e para as suas famílias sem paralelo em Portugal. Em 1977, no rescaldo do 25 de Abril, a CUF é nacionalizada.