Em 1939, António Ferro, diretor do Secretariado de Propaganda Nacional, inaugurava a "montra encantadora" deste cantinho alheado do horror da Segunda Guerra Mundial: o primeiro Posto de Turismo nacional, na estação ferroviária de Vilar Formoso. Meses depois, em junho de 1940, a pobre população da vila, bem menos vistosa que a nova fachada da estação, assistia, surpreendida, à chegada de refugiados das perseguições nazis. De comboio e de automóvel, durante as duas últimas semanas desse mês de junho, convergiram para Vilar Formoso milhares de pessoas desesperadas. Único objetivo: escapar do ensandecido continente europeu. Vilar Formoso era o princípio do fim do pesadelo. A generosidade do povo de Vilar Formoso foi tão espontânea que marcou para sempre quem ali chegou naquelas circunstâncias. É esta e muitas outras histórias que o museu Vilar Formoso Fronteira da Paz - Memorial aos Refugiados e ao Cônsul Aristides de Sousa Mendes nos conta.